Existem cabos de cat 1 até cat 7. Como os cabos cat 5 são suficientes tanto para redes de 100 quanto de 1000 megabits, eles são os mais comuns e mais baratos, mas os cabos cat 6 e cat 6a estão se popularizando e devem substituí-los ao longo dos próximos anos. Os cabos são vendidos originalmente em caixas de 300 metros, ou 1000 pés (que equivale a 304.8 metros)
A partir dos anos 90, o processamento de informações baseado em redes de computadores cresceu exponencialmente tornando-se uma ferramenta imprescindível nas organizações. Visando padronizar o mercado e auxiliar os profissionais nos projetos de infra-estrutura, foram criadas normas que buscavam padronizar os componentes e as soluções utilizadas nessas redes.
Quanto ao cabeamento, a evolução tecnológica permanente e a crescente necessidade de acesso aos serviços em banda larga levaram à subdivisão em sistemas que apresentam características distintas de performance, caracterizados principalmente pela freqüência de trabalho (largura de banda) e pela aplicação (alcance) dos diversos tipos de cabos (par trançado, coaxial, fibra óptica) utilizados.
Categorias e Classes de Desempenho
Com o aumento das taxas de transmissão e a inevitável tendência para as redes de altíssima velocidade com necessidades de alcance cada vez maiores, um cabeamento de cobre de alto desempenho tornou-se uma necessidade. Considerando que o fator principal para determinar o alcance máximo possível de um sistema é a atenuação do sinal ao longo do cabo, foi necessário estabelecer alguns modos de classificação para o cabeamento em par metálico e o respectivo hardware de conexão. Criou-se então a subdivisão em uma série de categorias e classes por capacidades de desempenho. Nessa classificação, uma categoria ou classe de desempenho superior do cabo significa maior eficiência e uma menor atenuação.
É oportuno lembrar que "Categoria de Desempenho" e "Classe de Desempenho" são terminologias utilizadas respectivamente pela ANSI/EIA/TIA e pela ISO/IEC, para designar os sistemas de cabeamento de telecomunicações. Por exemplo, na segunda edição do padrão ISO/IEC 11801, o cabeamento Categoria 6 é referido como "Class E Cabling", sendo que as especificações da ISO/IEC 11801 são essencialmente as mesmas contidas no documento ANSI/TIA-568-B.2-1. Todavia nem sempre existe uma correspondência entre categorias e classes:
CATEGORIAS 1 e 2: Especificadas pela norma EIA/TIA-568-A, eram recomendadas para comunicação de voz e dados até 9,6Kbps. Não têm equivalência ISO/IEC e atualmente estão fora de uso;
CATEGORIA 3: Características de desempenho para cabeamento e conexões em transmissões de dados e voz até 16Mhz, na velocidade de até 10Mbps;
CATEGORIA 4: Características de desempenho para cabeamento e conexões em transmissões de dados e voz na velocidade de até 16Mbps. Não há uma classe de desempenho ISO/IEC equivalente;
CATEGORIA 5: Características de desempenho para cabeamento e conexões em transmissões de dados e voz na velocidade de até 100Mbps. Não há uma classe de desempenho ISO/IEC equivalente;
CATEGORIA 5e: (Enhanced - Melhorada), é uma melhoria das características dos materiais utilizados na categoria 5, que permite um melhor desempenho, sendo especificada até 100Mhz;
CATEGORIA 6: Características para desempenho especificadas até 250Mhz e velocidades de 1Gbps até 10Gbps.
Atualmente as soluções em par trançado Categoria 3 são utilizadas unicamente na distribuição vertical de voz tradicional, ao passo que as soluções Categoria 5e e Categoria 6 são utilizadas na distribuição horizontal e em alguns casos na distribuição vertical de voz e dados.
O cabeamento Categoria 5 é normalmente direcionado para o mercado residencial, mas sua utilização vem caindo devido ao seu custo ser praticamente o mesmo da Categoria 5e. Reforçando essa afirmativa, nos projetos atuais de infra-estrutura é recomendada a utilização de cabeamento de, no mínimo, Categoria 5e para pequenas redes com poucos serviços ou que tenham caráter provisório e Categoria 6 para as redes novas ou de maior porte.
Ainda sobre a Categoria 6, esta deverá ser utilizada inclusive no mercado residencial, suportando altas velocidades no acesso a Internet em banda larga. Por exemplo, as aplicações envolvendo a transmissão de vídeo nas residências devem aumentar, exigindo maiores taxas de transmissão.
Categoria 6
Em junho de 2002, foi aprovado e publicado o adendo número 1 da norma ANSI/TIA/EIA-568-B.2 – "Transmission Performance Specifications for 4-Pair 100 Ohm Category 6 Cabling", contendo todas as especificações necessárias com os requerimentos mínimos para perda de inserção, NEXT, ELFEXT, perda de retorno, propagation delay e delay skew para o cabeamento e o hardware de conexão Categoria 6. O documento contém especificações finais da Categoria 6, as especificações de componentes e requerimentos para equipamentos de teste que garantem o desempenho da rede nas tecnologias atualmente conhecidas, bem como para aplicações futuras.
A Categoria 6 pode ser vista como um aperfeiçoamento no projeto de infra-estrutura das redes locais. Ela segue seus predecessores, as categorias 3, 4, 5 e 5e, cada uma provendo maior capacidade de transporte de informação para usuários finais. Torna-se uma opção que oferece alta performance para a distribuição horizontal em um sistema estruturado, permitindo suporte para aplicações como voz tradicional (telefone analógico ou digital), VoIP, Ethernet (10Base-T), Fast Ethernet (100Base-TX) e Gigabit Ethernet a 4 pares (1000Base-T), com melhor performance em relação a Categoria 5e. Ela permite ainda suporte para aplicações ATM e novas tecnologias como Ethernet a 10Gbps sem investimentos adicionais na infra-estrutura existente.
Os sistemas Categoria 6 foram projetados para atender basicamente os seguintes objetivos:
- Manter boa relação custo x benefício dos sistemas UTP, bem como facilitar sua instalação e operação;
- Garantir a interoperabilidade com os atuais sistemas Categoria 5e;
- Proporcionar uma nova infra-estrutura com capacidade para serviços futuros (redes de próxima geração).
Categoria 5e x Categoria 6
A principal diferença entre a Categoria 5e e a Categoria 6 está na performance de transmissão e na largura de banda estendida de 100MHz da Categoria 5e para 250MHz da Categoria 6. A largura de banda é a medida da faixa de freqüência que o sinal de informação ocupa. O termo é também usado em referência às características de resposta em freqüência de um sistema comunicação. No sentido mais qualitativo, a largura de banda é proporcional à complexidade dos dados transmitidos. Já a performance se traduz em uma menor atenuação, melhor NEXT, perda de retorno e ELFEXT, possibilitando uma melhor relação sinal/ruído.
Devido a esses fatores (performance e largura de banda), associando uma melhor imunidade às interferências externas, os sistemas que operam em Categoria 6 são mais estáveis em relação aos sistemas baseados na Categoria 5e. Isto significa redução nas retransmissões de pacotes, proporcionando uma maior confiabilidade e estabilidade para a rede.
Outro fato que deve ser considerado é que os requisitos para o link (meio de transmissão entre dois pontos, não incluindo a conexão de equipamentos) e canal (meio de transmissão fim-a-fim entre dois pontos no qual existem equipamentos de aplicações específicos conectados) na Categoria 6 são compatíveis com os da Categoria 5e, fazendo com que os projetistas escolham a Categoria 6, substituindo as redes Categoria 5e.
Aplicações da Categoria 6
Todas as aplicações que funcionam atualmente em Categoria 5e funcionam igualmente na Categoria 6. Em aplicações onde são exigidas altas taxas de transmissão, os cabos Categoria 6 permitem adicionalmente a redução de custo dos equipamentos ativos utilizados na transmissão e recepção dos sinais.
Cabeamento categoria 7
A Categoria 7/ Classe F é uma nova categoria ou classe de desempenho que apresenta uma largura de banda de 600Mhz e que usa um tipo de conector diferente do RJ-45 tradicional. No caso do conector, foi padronizada pelo IEC uma interface do tipo não-RJ designada por IEC 61076-3-104, padrão destinado aos sistemas de cabeamento estruturado de Categoria 7/Classe F.
A infra-estrutura para atender a Categoria 7 utiliza cabeamento S/FTP (Screened Foil Twisted Pair). São cabos com dupla blindagem, onde cada par individual recebe uma blindagem do tipo "folha metálica" (foirl) e todos recebem uma blindagem geral tipo malha de blindagem (screened). Os sistemas dessa Categoria somente podem ser implementados utilizando os cabos S/FTP, não existindo nenhum cabo UTP e ScTP Classe F/ Categoria 7.
A Categoria 7 foi desenvolvida para ser um sistema aberto, capaz de suportar algum padrão de rede Gigabit Ethernet, ou mesmo para ser utilizada em alguma arquitetura de rede ainda mais rápida. Dessa forma, os cabos da Categoria 7 se enquadram em um novo padrão de cabeamento de rede em par trançado, que utilizam os 4 pares de fios blindados e hardware de conexão também blindado, sendo capazes de trabalhar com freqüências de 600MHz, em contraste com os cabos cat 5 e cat 5e que suportam freqüências de até 400MHz.
A postagem acima foi retirada do site:
http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_categorias_e_classes.php
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